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Como era o Coliseu na época das arenas

Giovanne gomes28 de fevereiro de 2025 por Giovanne gomes
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CAPA COLISEU NORMAL

Como era o Coliseu na época das arenas

O Coliseu, ou Anfiteatro Flaviano, é um dos maiores ícones da Roma Antiga. Sua construção, que começou em 70 d.C. e foi concluída em 80 d.C., foi um feito arquitetônico impressionante. Localizado no centro de Roma, o Coliseu foi projetado para abrigar eventos públicos, como lutas de gladiadores, caçadas de animais e até batalhas navais. Sua história rica reflete a grandiosidade do Império Romano e sua busca por entretenimento grandioso para o povo. Neste blogpost, vamos explorar como o Coliseu era nas épocas das arenas e como ele está nos dias de hoje.

A grandiosidade do Coliseu na Roma Antiga

Na Roma Antiga, o Coliseu era o coração do entretenimento. Com capacidade para mais de 50 mil espectadores, o anfiteatro oferecia um espetáculo imenso e grandioso. O Coliseu era palco de lutas de gladiadores, onde combatentes se enfrentavam em batalhas sangrentas. Mas os gladiadores não eram as únicas atrações; o Coliseu também era usado para encenações de batalhas navais, caçadas de animais selvagens e até execuções públicas.

As lutas de gladiadores eram, sem dúvida, o evento mais esperado. As batalhas não eram apenas disputas físicas, mas também representavam um jogo psicológico, onde o vencedor poderia ganhar a liberdade, enquanto o derrotado, muitas vezes, enfrentava a morte. Esses combates eram realizados entre gladiadores, que eram escravos ou prisioneiros de guerra, e eram vistos como uma forma de entretenimento brutal.

Além das lutas de gladiadores, o Coliseu também sediava caçadas de animais selvagens. Animais como elefantes, leões, tigres e até rinocerontes eram trazidos de todas as partes do Império Romano para serem caçados ou lutar entre si, o que tornava o espetáculo ainda mais impressionante e perigoso. Isso foi uma demonstração de poder romano, já que os animais exóticos eram símbolos do vasto império e sua capacidade de controle sobre territórios distantes.

O Coliseu não era apenas um local de combate; ele também era um símbolo do poder de Roma. Os emperadores usavam esses eventos para conquistar o apoio do povo e demonstrar seu poder. Com os jogos de gladiadores e outras atrações, eles conseguiam entreter as massas e, ao mesmo tempo, manter o controle político. Essa política de “pão e circo” ajudava a reduzir a tensão social e dar ao povo algo pelo qual torcer.

Estrutura e funcionamento das arenas

O Coliseu era uma obra-prima de engenharia e arquitetura. Sua estrutura era composta por três andares de arcadas, com colunas de diferentes ordens arquitetônicas: o primeiro andar tinha colunas dóricas, o segundo, colunas jônicas e o terceiro, colunas coríntias. Essa distribuição de ordens arquitetônicas representava a hierarquia da sociedade romana, com as classes sociais mais altas sentadas nos andares superiores.

A arena em si era feita de madeira coberta por uma camada de areia, chamada de “harena”, que ajudava a absorver o sangue das lutas e a manter o espaço limpo durante os eventos. Abaixo da arena, um sistema complexo de câmaras e corredores subterrâneos, conhecidos como o “hipogeu”, permitia que os gladiadores e animais fossem mantidos antes de serem chamados para o combate. Este sistema incluía também mecanismos para elevar os combatentes e os animais à arena de forma dramática.

Outro aspecto interessante era o telhado retrátil. Embora não sobreviva até hoje, o Coliseu possuía um sistema de toldos de vela chamados “velaria”, que protegiam os espectadores do calor e da chuva. Esses toldos eram operados por marinheiros da frota imperial, que se utilizavam de cordas e roldanas para cobrir ou descobrir a arena conforme necessário.

Como o Coliseu se deteriorou ao longo do tempo

Após o fim da era imperial, o Coliseu enfrentou séculos de negligência, saques e deterioração. Durante a Idade Média, o anfiteatro perdeu sua função como local de entretenimento e foi transformado em uma área de habitação e oficinas. Mas, o que mais causou dano à Arena foi a falta de manutenção e o uso do edifício como fonte de materiais. Durante os séculos seguintes, os blocos de travertino, que o revestiam, foram retirados e usados na construção de outros edifícios em Roma, incluindo igrejas, palácios e até o Vaticano.

Além disso, foi fortemente danificado por terremotos. O mais significativo aconteceu em 1349, quando um grande terremoto destruiu a sua parte inferior e causou o colapso da fachada de um dos lados. O Coliseu nunca foi completamente restaurado após esse evento, o que contribuiu para a sua aparência fragmentada hoje.

O Coliseu nos dias de hoje

Hoje, é um dos monumentos mais visitados do mundo. Embora muito tenha sido perdido ao longo dos séculos, ele continua a ser uma das principais atrações turísticas de Roma. O edifício passou por várias restaurações desde o século XVIII, quando houve um grande esforço para preservar o que restava da estrutura original.

Nos últimos anos, as autoridades italianas têm investido pesado na preservação da Arena. Em 2017, uma grande restauração foi iniciada, com o objetivo de restaurar as partes danificadas e melhorar a infraestrutura para os visitantes. O hipogeu, por exemplo, foi parcialmente restaurado para permitir que os turistas vejam como era o sistema subterrâneo, onde os gladiadores e os animais aguardavam sua vez na arena.

Ele também passou a ser um símbolo cultural e histórico, sendo patrimônio da humanidade da UNESCO desde 1980. Além disso, eventos culturais, como concertos e encenações teatrais, ainda são realizados nas suas dependências, trazendo o Coliseu à vida com uma energia que remonta aos tempos antigos.

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Conclusão

O Coliseu é muito mais do que apenas uma ruína antiga; ele é um testemunho do poder, da engenharia e da cultura de Roma Antiga. Sua história, repleta de glória, violência e tragédia, ainda ressoa hoje, enquanto ele continua a atrair turistas de todo o mundo. O que uma vez foi uma arena sangrenta de lutas e espetáculos, agora é um local de memória e reflexão sobre a grandiosidade de uma civilização que moldou o mundo moderno.

Visita-lo é como viajar no tempo, permitindo que você vivencie de forma palpável a Roma Antiga. E, ao fazer isso, é possível compreender melhor como o Império Romano foi capaz de deixar um legado duradouro que atravessou milênios.

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